estude por prazer
Delegado de Polícia
Lúcio Valente

Delegado e Professor

Sou Delegado de Polícia da PCDF e ministro as matérias: Direito Penal, Criminologia, Processo Penal e Legislação Penal Extravagante nos principais cursos de Brasília.

A força do hábito

O ser humano é, de fato, criatura de hábitos. Posso dizer, para ser mais preciso, que somos frutos de nossos hábitos. Eles permeiam toda nossa existência. Estão no modo como falamos, nos relacionamos, comemos, dormimos nos exercitamos, estudamos.

Existem, como se sabe, hábitos bons e ruins. Todos nós temos ambos.  Os hábitos bons são produtivos, os ruins contraprodutivos.  Felizmente, temos o livre arbítrio de escolhermos entre qualquer um deles.

Os hábitos ruins, em geral, são mais fáceis de seguir. Concebem costumes que causam mais prazer, mesmo que momentâneos e mesmo que destrutivos. Eles representam a mediocridade. O homem médio (o “medíocre”, no termo de Jose Ingenieros) alimenta prioritariamente hábitos maléficos.  São guiados por tais atitudes.

Os hábitos bons, ao contrário, requerem obstinação – ou como se diz hoje em dia, “sangue nos olhos”. Os hábitos bons são subsidiários. Quando não existem, são substituídos automaticamente pelos ruins. Dependem de força de vontade e não são impensados. Devem ser forjados e aperfeiçoados dia a dia. Adquiri-los demanda tempo, mas quando estão alojados em nossas mentes e em nossos corações, tornam-se perenes. Com isso, tornam-se sadios e prazerosos.

Quando fazia o (antigo) primeiro grau em Brasília (Colégio Rogacionista), uma Professora certa vez advertiu um aluno: – Estudar não é hábito. Hábito temos em escovar os dentes. Estudar deve ser por prazer!

O aluno, sem saber da grandeza de sua resposta, contrapôs: – Professora, a senhora não tem prazer em escovar os dentes?

Estudar é hábito e é prazer, mas demanda tempo para tornar-se tal e qual.

 

Lúcio Valente

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