Vou Ser Delegado
Delegado de Polícia
Lúcio Valente

Delegado e Professor

Sou Delegado de Polícia da PCDF e ministro as matérias: Direito Penal, Criminologia, Processo Penal e Legislação Penal Extravagante nos principais cursos de Brasília.

“Quando iniciar os estudos, não dê eco à sua voz interior!”

Pode parecer estúpida a frase acima, mas é isso mesmo. Em artigo precedente falei um pouco do valor do estabelecimento do hábito para a ininterrupção da sequencia de estudos diários. Falei, em outra oportunidade, da preguiça e sua instalação na alma do ser humano, impedindo seu progresso pessoal. Hoje quero falar um pouco de uma técnica que venho aplicando na minha vida para impedir que a indolência domine minha vontade de realizar minhas atividades diárias. Eu, simplesmente, não dou eco à minha voz interior.

Deixe-me explicar melhor o que quero dizer.

Eu tenho uma grande frustração em minha vida. Sempre adorei música, e venho tocando saxofone desde o início da adolescência. No entanto, nunca me dediquei ao instrumento a ponto de tornar-me um bom músico. Tenho algum domínio do instrumento, mas não a ponto de executar as músicas que ouço em minha mente. Por várias razões, a vida me afastou da música como ofício.

Hoje entendo que, por algum motivo maior, as estradas da história me levaram a estar aqui escrevendo para vocês e não em uma orquestra ou em um palco mundo afora. Sou feliz pelo que conquistei, mas a frustração pela não realização do meu sonho jovial ainda existe em minha alma.  Justamente por isso, determinei voltar a estudar diariamente o saxofone (para desespero dos meus vizinhos). De tal modo, coloquei como grande projeto de vida ser um bom saxofonista de jazz. Esse é o projeto de longo prazo: SER UM SAXOFONISTA DE JAZZ.

Para alcançar o meu desígnio, estabeleci uma rotina de estudos diários. Selecionei o material indispensável, comprei livros, CD’s, metrônomo, estante para partituras. Mandei revisar o saxofone, comprei uma nova boquilha, novas palhetas, enfim, tudo o que é necessário para meus estudos do instrumento.

Ocorre que todos os dias que me sento para estudar um sentimento primitivo me vem à mente. Uma força que vem não sei de onde, empurra-me para outras atividades menos nobres do que a que me planejei.

O meu ego dá vazão à preguiça e martela em minha mente de que passarei as próximas duas horas estudando escalas, arpejos, técnicas e solos inutilmente. Útil mesmo – segundo minha voz interior-  seria navegar perdidamente na internet, assistir a coleção de filmes do Superman que comprei nas Lojas Americanas, deitar no sofá e cochilar a tarde inteira. Tudo, tudo, menos o fazer o que me alvitrei.

Tomei, por conseguinte, uma decisão. Iria ensurdecer-me em relação a essa maldita voz. Não iria pensar em nada. Simplesmente iria pegar meu material, montar o instrumento e começar a minha rotina de hora e meia de estudos. Não me importa o que se passava em minha mente. Não me importa o que minha “voz interior” pensa disso. Nada me importa, a não ser cumprir minha tarefa diária.

Confesso que tem dias que essa voz – aliada à voz da minha esposa que me manda  comprar sabão em pó no supermercado – consegue se instalar. Quando isso ocorre, “adeus dia de estudos”.

Não alimente a sua voz interior. Como eu já tive a oportunidade de discorrer em outro artigo, ela é o brado do seu EGO, que não quer que você realize o projeto de vida a que se propôs.

A técnica, portanto, é muito simples. Vá a seu local de estudos sabendo exatamente o quê, como, e por quanto tempo vai estudar. Sente-se e estude. Não pense. Apenas estude. Deixe que a força do hábito tome conta do restante.

Boa sorte nisso!

Lúcio Valente

 

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